0 procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, compra a briga com o crime organizado incrustado no Estado brasileiro.
Quando assumiu a chefia do Ministério Público Federal, em junho do ano passado, o procurador Cláudi Fonteles encontrou, as gavetas abarrotadas de inquéritos. Sucedia a Geraldo Brindeiro, que ganhou o incómodo apelido de » engavetador-geral » da republica pelo habito de dar fim a investigações contra autoridades do governo federal. « Demos andamento a muitos processos, mas ainda há quatro armários cheios’, conta. Se Bríndeíro era acusado de ser muito próximo do governo, Fontéles aposta em outro tipo de proximidade. trabalha pela inclusão do Ministerio Público nas forcas-tarefas formadas para investigar fraudes na administra9áo pública. ‘Aos poucos, policiais e procuradores estão aprendendo a trabalhar juntos.’
As relações antigas com os interlocutores facilitam as conversas. Fonteles foi professor do atual diretor da PF, Paulo Lacerda, na Academia de Polícia. E foi colega do ministro Márcio Thomaz Bastos no Conselho de Defesa dos Direitos da pessoa humana Nem por isso as conversas estão livres de tensão Fonteles combate o projeto de -« lei da mordaça » defendido por muitos de seus colegas de primeíro escaláo A proposta quer punir agentes publicos que revelem detalhes de investigações náo concluidas. A proibição inclui os procuradores. Vascaíno fanático a ponto de colocar o brasão do clube em seu site oficial, o procurador chega a considerar a paixao cruzmaltina um atestado de bons antecedentes. Menos para o presidente do clube, Eurico Miranda, como conta na entrevista a seguir.
ÉPOCA O ministerio publico era visto como uma força de oposição pelo governo Fernando Henrique Cardoso
Cláudio Fonteles – Esse foi o grande equívoco do governo passado. Disse ao presidente Fernando Henrique que era errado pensar que procuradores da República são forças de oposição ou fator de instabilidade governamental. Disse a ele que, se eu